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Você está sendo rastreado

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E aí pessoal, tudo bem? Já parou para pensar como aquele produto pesquisado em um site, que você falou com um amigo a respeito ou até mesmo aquele que você fotografou, repentinamente começou a inundar a sua rede social, os seus vídeos e até os seus e-mails. Pois é, essa é uma situação muito comum atualmente. Mas como funciona esse mecanismo de propaganda com produto direcionado?

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Não seria muito mais interessante para o dono de uma loja virtual ou de qualquer outro site na web, se ele soubesse quem é você no momento em que você está visitando o negócio dele? E se ele soubesse seus gostos, interesses, tudo ou quase tudo sobre você, montando exatamente o seu perfil? Então sempre é bom lembrar, você é muito valioso!

A chance de você aumentar os ganhos de qualquer negócio na internet é muito grande. Por exemplo, o dono de um site ou aplicativo ganha dinheiro das pessoas que anunciam no site dele, ganha também te vendendo algo personalizado. Ou seja, o conteúdo pode ser moldado para o perfil de qualquer visitante e, é isso que possibilita segmentar os anúncios. Acho que você já entendeu a relação né? A cada clique nesses anúncios segmentados e personalizados é mais dinheiro que entra para o site ou aplicativo. Mas como tudo isso é possível? Você é o produto!

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Uma das formas de se fazer toda essa captura é por meio de um mecanismo chamado cookie. Ele é responsável por gravar um código de identificação da sessão no seu navegador de internet. Assim, para qualquer ação feita no navegador, essa identificação é enviada ao site, principalmente se o usuário já se encontrar logado no site que estiver fazendo essa captura. Mas mesmo se o usuário não estiver logado, o site pode gravar todo o seu histórico de navegação, pois tudo que você fizer no site será identificado por esse código. Dessa forma, conforme o usuário vai navegando, o site assume que ele gosta ou não de determinado conteúdo e vai traçando assim o perfil de interesse do usuário. O cookie fica gravado no navegador, então mesmo desligando o seu dispositivo, ao ligar novamente o cookie consegue te identificar para o site.

Mas e aqueles sites que você nunca acessou e no primeiro acesso ele já sabe tudo a seu respeito? Bem, nesse caso eles utilizam algum serviço que fornece os dados de interesse do usuário conforme o perfil de uso dele nos outros sites que ele comumente acessa. Normalmente os dados pessoais não são fornecidos. Então, quando o usuário recebe e-mails direcionados, ele provavelmente já tem algum cadastro no site que está enviando os e-mails e aí sim, de posse dos dados pessoais, o site utiliza o envio de e-mail daquele produto pesquisado como estratégia de marketing para convencer o usuário a comprar o produto.

Como possível solução para minimizar o impacto desse rastreamento, o usuário pode limpar o histórico de navegação e os cookies do navegador, usar o modo anônimo de navegação ou usar navegadores como o Brave, que nativamente bloqueia anúncios e rastreadores. Porém, existem mecanismo de rastreamento que vão além dos dados de sessão e cookies presentes nos navegadores. Tais mecanismos identificam características técnicas do seu dispositivo para traçar o seu perfil de uso. Bom, com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), o site precisa alertar o usuário sobre a coleta de cookies e dar a opção para o usuário aceitar ou não os termos de uso desses dados coletados. Uma vez negada a permissão por parte do usuário, o site pode ou não disponibilizar o serviço ali ofertado.

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Em suma, acredito que a forma mais segura de se relacionar com a tecnologia é usá-la com consciência e responsabilidade, e isso é possível por um processo de educação tecnológica. Quando se fala em segurança na relação pessoa x tecnologia, sabendo que do outro lado dessa relação terá também outra pessoa, a parte mais vulnerável é sempre a pessoa, pois com poucas técnicas de engenharia social uma pessoa mal-intencionada consegue extrair muito mais informações de um usuário do que um sistema utilizando cookies, por exemplo. A responsabilidade do uso das tecnologias no caso de menores de idade, por exemplo, é dos pais, mas a questão da privacidade às vezes limita o acompanhamento de perto por eles. Então se existir um processo de educação tecnológica pautado no diálogo e na transparência, as pessoas certamente passarão a utilizar as tecnologias com mais responsabilidade e segurança.

Autor: Elias Gonçalves.

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