Em 2019, o Projeto Silica da Microsoft tornou-se público, revelando uma pesquisa com potencial de transformar para sempre como armazenamos dados. A colaboração entre Microsoft e Warner Bros visava criar um método de armazenagem em vidro.
Para preservar conteúdos de filme e televisão, driblando os desafios de armazenagem com as tecnologias disponíveis atualmente. E conseguiram! Na época, eles armazenaram o filme do Super-Homem de 1978 em um pedaço de vidro de sílica medindo 7,5 cm x 7,5 cm x 2mm.
O feito foi então celebrado pelo CTO da Azure, Mark Russinovich, como um “grande marco”. E avançou ainda mais nestes 4 anos. Mas como funciona este processo de armazenagem? E quais as vantagens que o Projeto Silica da Microsoft apresenta em relação aos métodos tradicionais?
Como funciona e vantagens da armazenagem em vidro
O processo é até simples de entender. Os dados que serão armazenados são codificados em placas de vidro via laser. Estes dados podem, então, ser lidos por algoritmos de Inteligência Artificial utilizando luz polarizada que brilha através do vidro.
Se comparado aos métodos tradicionais, o Projeto Silica da Microsoft possui diversas vantagens. Incluindo maior durabilidade, economia e sustentabilidade. Durabilidade pois o aperfeiçoamento do método agora permite armazenar 7 TB de dados por até 10 mil anos.
Isso é o equivalente a cerca de 3,5 mil filmes ou 1,75 milhões de músicas. É também mais econômico pois os métodos de armazenagem atuais são frágeis. Dependendo de manutenção e monitoramento constante. Sem falar da migração de conteúdo para evitar degradação.
Mais resistência, sustentabilidade e qualidade
Já as placas de quartzo utilizadas pela Microsoft se provaram resistentes a altas temperaturas, água, desmagnetização, micro-ondas e arranhados. Tudo isso sem qualquer perda de dados, o que é impressionante!
E o fato de serem mais resistentes também pode reduzir sua pegada de carbono quando implementados em data centers. Considerando que o Projeto Silica da Microsoft não requer uso intensivo de energia elétrica, como os métodos de armazenamento tradicionais.
Além disso, usar vidro de sílica para armazenagem de conteúdo audiovisual é superior a utilizar rolos de filme. Pois permite que tudo seja lido exatamente como saiu da câmera, preservando os pixels originais e a qualidade total da obra.
Projeto Silica da Microsoft impulsionará a computação em nuvem
É exatamente por isso que agora a Microsoft está apresentando a nova solução de armazenagem para o ambiente de “cloud computing”. Já que a quantidade de dados com as quais data centers têm de lidar diariamente só tende a aumentar.
Tornando os métodos de armazenamento existentes cada vez menos adequados. Por exemplo, o Projeto Silica da Microsoft permite que 2 mm de vidro contenham até 100 camadas de voxels. Que são pixels 3D capazes de armazenar uma alta densidade de dados em vidro.
Contudo, as empresas interessadas na tecnologia terão de esperar. Pois o projeto ainda está a pelo menos 3 ou 4 estágios de ser liberado para uso comercial. Mesmo assim, o potencial latente dele continua sendo imenso e revolucionário.
Quer dizer, imagine se a tecnologia for aperfeiçoada a ponto de ser usada em PCs, smartphones e outros dispositivos eletrônicos. Seria um avanço e tanto!
E aí, curtiu nossa matéria sobre o projeto inovador da Microsoft? Compartilhe-a, então! E o que você acha da tecnologia? Comente! Fique ligado no site Max Dicas para mais notícias tecnológicas imperdíveis. E não esqueça de se inscrever em nosso canal do YouTube.
Siga-nos também no Telegram e no Facebook. Para ficar a par das melhores ofertas, promoções e lançamentos do mundo tech! E, também, para interagir conosco. Trocando ideias, experiências e conhecimento. Para mais conteúdo sobre tecnologia, confira nossos vídeos:
Leia também: Starlink direto no celular? SpaceX terá serviço de telefonia por satélite em 2024
Táxis voadores autônomos: China é pioneira ao aprovar uso de eVTOLs
Implante cerebral com IA ajuda homem paralítico a sentir e se mover