Com a chegada de produtos que suportam Wi-Fi 6E ao mercado, como o Motorola Edge 30 Pro, também vem a maior familiarização do público com o termo. Porém, devido à novidade que ele ainda representa, é comum que surjam dúvidas. Neste artigo, vamos sanar as principais delas.
O que é Wi-Fi 6E?
Há algum tempo nós publicamos um artigo falando sobre Wi-Fi 6E, o que essa tecnologia é e qual a diferença entre ela e o padrão Wi-Fi 6 convencional. Agora, vamos retomar brevemente o assunto para que possamos ir um pouco além do básico mais adiante.
Antes de mais nada, a tecnologia Wi-Fi passou por diversas gerações desde seu surgimento. Algumas já obsoletas, outras que permanecem até hoje. E essas gerações possuem denominações, sendo a mais recente delas a chamada “6E”.
Wi-Fi 6E é simplesmente o padrão “Wi-Fi 6 Estendido para a banda de 6 GHz”. Isto quer dizer que um roteador Wi-Fi 6E, além de emitir as bandas usuais de 2,4 GHz e 5 GHz, também emite uma rede extra de 6 GHz. E é basicamente aí onde as diferenças entre o Wi-Fi 6 e 6E acabam.
Isso mesmo, fora a banda extra de 6 GHz não há muita diferença entre os dois. No quesito velocidade, inclusive, ambos são praticamente idênticos. Então por que criaram o Wi-Fi 6E?
Congestionamento em 2,4 GHz e 5 GHz
Acontece que as bandas tradicionais (2,4 GHz e 5 GHz) já se encontram sobrecarregadas. Isto pois elas trabalham com um espectro de banda menor. Que é dividido em um pequeno número de canais. Os quais, por sua vez, são divididos entre diferentes aplicações e dispositivos.
Esse número reduzido de canais aumenta o fluxo de tráfego de pacotes por canal. Principalmente considerando que certos dispositivos e aplicações tem maior prioridade em alguns canais. Como sinais de radares, por exemplo.
Isso ocasiona interferências e eventuais desconexões. Consequentemente, diminuindo a velocidade de transmissão de dados geral. Daí, viu-se a necessidade de criar uma nova banda, a de 6 GHz. Para diminuir essa sobrecarga.
Essa nova banda do Wi-Fi 6E trouxe consigo um espectro adicional de 1.200 MHz. Adicionando 7 novos canais de 160 MHz, ou catorze novos canais de 80 MHz. Como resultado, os dispositivos da geração 6E conectados podem operar sem se preocupar com restrições de “vias” de tráfego.
Mas, assim como na vida nem tudo são flores, temos também pontos negativos. Que acompanham esta tecnologia, os quais merecem ser abordados.
Os contras do Wi-Fi 6E
Primeiramente, temos a questão do hardware. Para desfrutar da banda de 6 GHz, e todos os benefícios abarcados por ela. Será preciso que tanto seu roteador quanto os dispositivos clientes sejam compatíveis com o padrão 6E.
Em segundo lugar, temos a menor cobertura do Wi-Fi 6E. Já que maiores frequências de onda implicam em menores alcances. Assim como a banda de 5 GHz abrange uma área menor que a de 2,4 GHz. A banda de 6 GHz alcança uma área ainda menor que a de 5GHz.
E, por último, temos a questão do preço. A tecnologia sem fio 6E pode já estar no mercado. Mas, infelizmente, a maioria dos produtos que a suportam ainda são os famosos topos de linha. Que não são exatamente os mais acessíveis.
Olhando pelo lado positivo
Mas, olhando pelo lado mais positivo da situação. Tudo isso indica que, pelo menos aqui Brasil, o novo padrão Wi-Fi 6E ainda deve demorar. Para estabelecer uma presença significativa na vida cotidiana da maioria de nós. Dessa forma, não será necessário atualizar sua rede doméstica tão cedo assim.
E mesmo quando a inevitável hora de atualizá-la chegar, não será preciso atualizar tudo de uma só vez. Afinal, mesmo os roteadores mais modernos ainda devem ser retrocompatíveis com as gerações anteriores de Wi-Fi.
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